A procissão do fogaréu e os resquícios da Inquisição
- 8 de mar.
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Atualizado: 1 de mai.
Muito além do sincretismo pagão com o festival de Ísis no Antigo Egito e o clássico Beltane, remetendo aos rituais de purificação e proteção, a procissão do fogaréu remonta aos crimes da Inquisição, ela acontece na quarta-feira santa durante a noite e é envolvida por um ar sombrio aos sons de tambores surdos e passos ritmados que marcham através de homens encapuzados portanto suas tochas e de cânticos fúnebres.
Originária da Espanha Medieval, especificamente Toledo e Servilha, niséculo XV (em 1478), no auge da Inquisição Espanhola e da coerção das práticas não cristãs, quando as confrarias de penitentes condenados pela igreja eram obrigados a desfilar por cidades da mesma forma com símbolos religiosos em rituais de humilhação antes das execuções.
A prática chega no Brasil em 1745, em Goiás Velho, trazida pelo padre João Perestrello de Vasconcelos Espíndola e se espalhou por cidades de Minas Gerais, período em que judeus sefarditas e africanos eram perseguidos e muitos submetidos a punição.
No passado somente membros das irmandades secretas do catolicismo podiam participar.
Ao longo da história relatos macabros fazem parte do evento, como o caso de um homem que havia desaparecido durante a procissão e até hoje sua alma marcha como um espectral todos os anos fazendo com que o fogo da tocha fique azulado; há também o canto dos mortos que são ouvidos pelas ruas de pedras das cidades mineiras Mariana e São João del-Rei.
📌 Nunca deixem de contar a parte VERDADEIRA da "cultura" que usurpou e distorceu nossos ritos para usá-los contra nós. Onde tem uma tradição da igreja tem sangue de bruxa derramado e cultos antigos absorvidos e deturpados.





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